segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

25 de fevereiro: Dia Internacional do Implante Coclear

Hoje, dia 25 de fevereiro comemora-se o Dia Internacional do Implante Coclear em homenagem ao primeiro implante realizado no mundo há exatos 59 anos.

O primeiro implante, monocanal, foi realizado pelos médicos franceses Andre Djourno e Charles Eyriès, em 25 de fevereiro de 1957, na França e inaugurou uma nova época para a otologia. Esse dispositivo eletrônico transformou a vida de inúmeras pessoas no mundo, graças à possibilidade de trazer o som a todos os seus usuários.

O Implante Coclear é um dispositivo eletrônico inserido cirurgicamente na cóclea de pessoas com perda auditiva neurossensorial de grau severo e/ou profundo bilateral, com o objetivo de estimular eletricamente as fibras do nervo auditivo de forma a substituir parcialmente a função da cóclea.

É, atualmente, a alternativa indicada para deficientes auditivos que não alcançaram níveis satisfatórios de percepção auditiva para os sons da fala com aparelhos auditivos convencionais.

Segue uma pequena homenagem aos nossos usuários implantados e todos àqueles que ainda podem vir a se beneficiar dessa tecnologia.

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Texto de Luana Zimpeck de Rezende - Fonoaudióloga

Referencias:

http://portalotorrino.com.br/guia-online-do-implante-coclear/
http://desculpenaoouvi.laklobato.com/2012/02/24/25-de-fevereiro-dia-do-implante-coclear/














USO DA TECNOLOGIA COMO RECURSO VISUAL DE APRENDIZAGEM

O COMPUTADOR E A SUA RIQUEZA DE CORES, 

IMAGENS E DETALHES EXEMPLIFICADORES


Todas as pessoas (principalmente professores e intérpretes) que estão envolvidas com a educação dos surdos sabem da grande importância que o visual tem para a cultura e a comunidade surda. Tal fato se dá pela Língua de Sinais ser uma língua de modalidade gestual-visual, e ainda mais, pelo aprendizado dos alunos surdos ocorrerem de forma visual.

Logo, utilizar a tecnologia (entenda, neste caso, pelo computador) para obter referenciais reais é a grande sacada dos atendimentos do AEE que tem esse recurso como disponível.

Falamos isso, pois ainda no em novembro do ano de 2018, a então professora do AEE Português do CAS/FCEE estava atendendo uma aluna e trabalhando com a mesma, um material xerocado (xérox = preto e branco) que falava de frutas. Na ocasião a aluna começou questionando que na apostila a impressão era em preto e branco, pedindo porque a laranja era preta, e assim, num estalo de uso da tecnologia, a professora levou a aluna para o computador e juntas construíram vários significados a partir do questionamento da aluna. Pela aluna ter citado uma laranja, a professora fez com que a mesma aprendesse, no computador, não somente o termo citado por ela, mas também fosse autora da sua própria pesquisa, iniciando-a do “zero”:

- ligar o computador;
- abrir uma página de pesquisa da internet;
- procurar a palavra da qual tinha dúvida; e
- utilizasse o recurso de imagens do buscador.

E assim, seguindo com os aprendizados, professora e aluna tiveram uma rica discussão que envolveu o termo questionado pela aluna:

- tipos de laranja;
- diferentes cores das laranjas;
- o que fazer com a laranja – receitas de suco, de bolo, de calda; e
- as vitaminas da laranja, dentre outros assuntos.

Dessa forma, a professora conseguiu através de um inocente questionamento da aluna aproveitar para ampliar os conhecimentos da mesma. Visto que o computador e a internet em sí, são fontes inesgotáveis de exemplos da vida real, a professora, por meio da web, tornou mais fácil e clara a interação do conteúdo didático programado com a realidade, tornando o aprendizado mais útil e esclarecedor.

Deste modo, e com a metodologia tecnológica visual utilizada pela professora, o/a aluno/a compreenderá a razão de aprender determinados conceitos que, de outra forma, poderiam parecer sem utilidade. Aproximando o mesmo da realidade e dando vida ao conteúdo. Sobretudo, ainda é importante ressaltar o papel do professor neste processo, que tem fundamental importância em ajudar a selecionar e avaliar as fontes de informações e mesmo todo o conteúdo disponível ao aluno. Nesse caso, o professor atua como um guia do conteúdo disponível e da pesquisa em si.


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Texto de Vanessa Paula Rizzotto - intérprete de Libras
Atividade realizada por: Cilene Couto Becker 













sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

VOLTA ÁS AULAS - 2019

INÍCIO DOS ATENDIMENTOS NO CAS/FCEE




Nesta semana, entre os dias 11 e 15 de fevereiro de 2019, o CAS - Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez/ FCEE, retornou com suas atividades de atendimento aos alunos do centro. 

Atendendo a 34 alunos surdos, o CAS oferece o serviço do AEE Libras como serviço principal, com objetivo de ensinar a Libras - Língua Brasileira de Sinais, como L1 (língua materna) aos surdos, proporcionando a eles a interação com seus pares e o modelo dos professores, que também são surdos. 

Complementando o serviço do AEE Libras, o centro também oferece o serviço do AEE Português, para que os alunos aprendam a língua oficial do país, na modalidade escrita, e assim tornarem-se bilíngues. 

Na área da saúde, quanto ao serviço de reabilitação auditiva, este serviço sedimenta suas ações numa proposta bilíngüe, que utiliza a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como suporte/recurso para o aprendizado do português como segunda língua na modalidade oral para candidatos e usuários de AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual) e/ou Implante Coclear.

Vale lembrar que além dos atendimento internos do CAS, nosso objetivo também é produzir conhecimento, capacitar profissionais, assessorar os serviços, analisar processos de implantação de serviços especializados na área da surdez e da surdocegueira e acompanhar os usuários atendidos pelo CAS. Também é responsável por promover a acessibilidade e a difusão da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) por meio da Central de Interpretação de LIBRAS e do Serviço de Produção de Materiais em LIBRAS.

Veja a seguir algumas fotos dos primeiros atendimento realizados esta semana. 

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Texto e fotografias de Vanessa Paula Rizzotto - Intérprete de Libras. 

Site do CAS: http://www.fcee.sc.gov.br/index.php/centros-de-atendimento/cas 

Turma AEE Libras 

Conversa com a família na Reabilitação Auditiva

AEE Surdocegueira

AEE Libras

Reabilitação Auditiva


AEE Surdocegueira

AEE Libras - Educação Infantil


Reabilitação auditiva


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

PARTICIPAÇÃO EM FORMAÇÃO CONTINUADA DA FONOAUDIÓLOGA DO CAS

REABILITAÇÃO AUDITIVA

Nos dias 07 e 08 de fevereiro de 2019 a fonoaudióloga do CAS/FCEE, Luana Zimpeck, participou de uma Capacitação da Academia Cochlear de Reabilitação Auditiva, em Porto Alegre no estado do Rio Grande do Sul.
No curso a profissional teve oportunidade de estudar e refletir sobre diversos assuntos que serão aplicados em seus atendimentos, como por exemplo:
- Demonstração de novas tecnologias de reabilitação auditiva;
- Tipos de abordagens terapêuticas, com o intuito de melhores resultados auditivos e de linguagem;
- A importância da participação dos pais na terapia auditiva, aprendendo os modelos que serão aplicados em casa;
- A individualidade de cada atendimento, dentre outros assuntos.
Vale ressaltar que, tal formação ocorreu apenas com profissionais que já trabalham com este serviço e ela justifica-se, pois nosso centro de atendimento, o CAS/FCEE, atenderá neste ano 14 (quatorze) alunos na reabilitação, alunos estes que já são implantados (fazem o uso do IC – Implante Coclear1) ou que fazem uso do AASI, que é o Aparelho de Amplificação Sonora Individual2. Sendo ainda que o serviço de reabilitação auditiva oferecido pelo CAS/FCEE é um serviço gratuito e ligado a fase escolar e frequência do aluno no AEE Libras, visto que a língua de sinais pode servir de recurso para aquisição da fala, não impedindo o desenvolvimento da língua oral – objetivo principal do serviço de reabilitação.
É importante ressaltarmos que estudos demonstram que para obtenção dos melhores resultados com o implante coclear, a reabilitação fonoaudiológica é imprescindível, sendo ainda que a duração desta terapia depende do seu tipo de perda auditiva, idade (provado cientificamente que de 0 a 3 anos e a fase ideal para aquisição da linguagem) e o nível de motivação (incluindo diversos fatores). Visto que crianças com perda auditiva pós-lingual, por exemplo, e que receberam um implante logo após a perda auditiva, muitas vezes atingem resultados rápidos. Todos estes aspectos avaliados pelo profissional adequado e ainda, pelo estímulo deste aluno recebido em outros locais em que frequenta e convive; e também analisando-se a metodologia utilizada no atendimento.
Sobre a metodologia utilizada no nosso serviço de reabilitação auditiva, a profissional utiliza a abordagem bilíngue, expondo o aluno a duas línguas, sendo que a primeira sempre será a sua língua materna (ou L1, a língua de sinais) e a segunda língua (ou L2), a língua oficial do país. Destaca-se que a segunda língua pode ser ensinada concomitantemente a língua materna, ou após a aquisição e desenvolvimento completo da sua L1. Assim, através da abordagem bilíngue, o método terapêutico aplicado é o auditivo verbal – que é quando a criança aprende a ouvir a depois desenvolve a linguagem falada.


1- Falaremos em outro artigo somente sobre o Implante Coclear, mas resumidadmente ele é um dispositivo médico eletrônico para pessoas com perda auditiva de grau severo a profundo. Ele funciona transformando sons em estímulos elétricos que são enviados diretamente ao nervo auditivo. Isso significa que ele substitui parcialmente as células danificadas da cóclea.

2- Também falaremos mais tarde sobre os tipos e funções específicas de AASI.   


REFERÊNCIAS

Importância da reabilitação. Disponível em: <https://www.oticonmedical.com/portuguese/cochlear-implants/new-to-cochlear-implants/activation-and-rehabilitation/the-importance-of-rehabilitation>. Acesso em 13 fev. 2019.

Texto de: Vanessa Paula Rizzotto – Intérprete de Libras e Luana Zimpeck – fonoaudióloga.