Olá Pessoal!!
Apesar de um tempo parados virtualmente,
voltamos a ativa!!
Perdoem-nos a ausência e o descuido com nosso
querido blog, mas agora retomamos com todo carinho à divulgação e atualizações
quanto as nossas atividades aqui no CAS, nesta reta final, quanto ao ano de
2012!
Não poderíamos voltar em outra data! Uma data
tão especial para nós envolvidos na área da surdez, e nós, que temos o
privilégio de conviver com nossos queridos alunos, colegas profissionais e
principalmente amigos surdos!
Não conseguimos atualizar no dia, mas vou me
referir a ele como se fosse a data de hoje, pois este dia, foi muito marcante
para nós aqui do CAS, pois todos nos envolvemos com garra e muito empenho ao
preparar uma atividade muito especial e divertida para a FCEE.
De uma forma leve,
divertida e ao mesmo tempo informativa, trouxemos à FCEE nesta
quarta-feira (26) um pouco do mundo dos surdos para uma platéia de maioria
ouvinte.
Vestimos a camisa
literalmente, na cor azul, juntamente com a fitinha do mesmo tom e iniciamos
nossa apresentação com o porquê da utilização dessa cor.
“O azul remonta à
época do nazismo, quando os surdos eram identificados por essa cor nos campos
de concentração alemães. A adoção do azul relembra os que foram exterminados,
como forma de respeito e de homenagem. Já o uso da fita azul foi introduzido no
Congresso Mundial da Federação de Surdos, que aconteceu em 1999 em Brisbane, na
Austrália, e diz respeito ao orgulho surdo”, explica a coordenadora do Cas,
Patrícia Amaral. “Esses símbolos representam toda a opressão enfrentada pelas
pessoas surdas ao longo da história e sua luta diária pela inclusão na
sociedade, na escola, no trabalho”, complementa.
Após uma breve contextualização histórica,
encenamos diversas situações nas quais o surdo se vê cotidianamente,
enfatizando as dificuldades de comunicação.
“Muitos ouvintes têm medo de chegar e
conversar, por não saberem como se comunicar. O surdo é uma pessoa aberta. Se
você não sabe Libras, pode encontrar outras formas, gesticulando, fazendo
mímica. Aproveitamos esse momento para colocar algumas questões e desvendar
alguns mitos. Por exemplo, de que o surdo não é mudo – ele emite sons, grita.
Só não fala pela questão auditiva”, esclarece Patrícia.
A coordenadora ressalta ainda que é preciso
que as pessoas entendam que o surdo é uma pessoa capaz, que pode fazer qualquer
coisa, exceto ouvir.
Além das encenações, também apresentamos
alguns vídeos.
E por fim, encerramos com a apresentação da
música “Amor de ping pong”, da dupla Bruno e Marrone, interpretada pela equipe
do CAS. Apesar da música não fazer parte da cultura surda, podemos dizer que
foi uma das partes mais emocionantes da apresentação. Porque? Porque nesse
momento, a platéia interagiu conosco, tentando interpretar a canção junto a
nós, entrando, por alguns instantes, no mundo dos surdos. Pessoas, algumas que
não faziam ideia do que é a Língua de Sinais e do que é o Ser Surdo! Foi lindo
de ver e com certeza emocionante para quem esteve ali.
“Foi um dia muito especial. Conseguimos
cumprir nosso objetivo, o de chamar a atenção para a luta dessas pessoas, e de
passar a mensagem de que a surdez não é uma deficiência, mas uma cultura”,
conclui Patrícia. Segundo a coordenadora, a inclusão só acontece quando há
respeito à diferença linguística e cultural do surdo.
Obrigada a todos que estiveram presentes!
Obrigada a Equipe do CAS pelo empenho e
sucesso para a realização deste dia!
Parabéns, em especial, a todos os Surdos! ❤
Beijos
Juh
Intérprete