quinta-feira, 1 de setembro de 2011

CAS realiza oficina para intérpretes de Libras

       O curso promovido pelo Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) visa capacitar os profissionais em seus vários níveis de atuação com ênfase na prática pedagógica.
      No primeiro encontro, os intérpretes participaram de uma dinâmica de apresentação, que serviu como troca de experiências e levantamento das dificuldades encontradas nas regiões de cada participante. Dentre os problemas elencados estão o fato de o professor de sala não saber qual a real função do intérprete educacional, sobrecarregando este profissional; o próprio tradutor não saber exatamente seu papel; alguns alunos não terem o domínio das Libras; a rejeição da família em aceitar o laudo de deficiência; e o preconceito da sociedade.  
    
   Durante as 40 horas da oficina, os intérpretes do CAS, Karen Bianchini e Marcos Luchi, abordarão conceitos como: o papel do intérprete educacional; interpretação simultânea versus interpretação consecutiva; interpretação intersemiótica; interpretação de Libras para Língua Portuguesa; e de Língua Portuguesa para Libras, que acontece em 2 encontros.


FCEE desenvolve projeto de jogo educativo em Libras


São José, 31/8/2011 - A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) mais uma vez sai à frente na busca por soluções inovadoras rumo à inclusão social. Através do projeto Libras Brincando, que foi oficialmente apresentado à presidente da FCEE, Rose Bartucheski, na tarde desta terça-feira (30), crianças surdas em fase de aquisição da linguagem podem aprender Libras brincando.

Os jogos educativos, com temas como frutas, alimentação, animais, cores e grau de parentesco é diferente de tudo que se tem hoje no mercado. O software é um trabalho de mais de um ano, fruto da parceria entre a equipe do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) e a empresa Numera Soluções e Sistemas. 
Durante a reunião, o diretor de Tecnologia da Numera, Juliano dos Santos, apresentou o projeto e cada fase concluída até o produto final, os jogos. As equipes da empresa e da Fundação tiveram muitas reuniões e trabalho para que houvesse um entendimento da área técnica com a pedagógica. Foram feitos estudos e pesquisas com embasamento científico para avaliar a viabilidade e aplicabilidade da ideia, análise dos requisitos, da arquitetura do software, identidade visual – concepção da estética do sistema, elementos gráficos, cores, tipografia, interfaces e personagens, componentes gráficos e multimídias.

O desenhista da Numera fez um curso de Libras e acompanhou alguns atendimentos no CAS, onde conheceu as necessidades da pessoa surda, para adaptar os desenhos do programa. A equipe do centro ficou responsável pelas especificações e validações em termos educacionais, definindo a linguagem lúdica e os itens capazes de atrair e reter a atenção dos alunos. Após essa etapa, o instrutor do centro, João Paulo Ampessan, foi para o estúdio gravar a tradução em Libras de cada elemento dos jogos. Imagem que ganhou efeitos de animação.

Juliano ressaltou que as funcionalidades e atrativos foram elaborados para surdos, mas a solução tecnológica será atraente para todas as crianças, de forma a estimular o aprendizado e a comunicação entre elas, promovendo a inclusão social. Além disso, não há necessidade de conhecimento prévio da língua de sinais ou do português para poder jogar, o que possibilita o uso do programa por professores, terapeutas e famílias. O recurso poderá ser executado em qualquer computador conectado à internet.
A presidente da FCEE, Rose Bartucheski, aprovou a iniciativa e ficou bastante animada com o produto e com a possibilidade de proporcionar melhor qualidade de vida aos surdos, familiares e toda a comunidade. “É importante o desenvolvimento de pesquisas, mas o melhor é ver o resultado disso. Estamos ansiosos para concretizar o projeto e colocá-lo à disposição da sociedade”, frisou Bartucheski.

O projeto está na fase de ajustes, adequações, testes e obtenção de recursos, para a liberação da versão beta 1.0 no mercado. Uma turma da escola EEB. Nossa Senhora da Conceição, testou o programa na sexta-feira (26) e o resultado foi surpreendente, revela a professora do CAS, Jeane Leite. Ela explica que a utilização da língua de sinais pela criança surda desenvolve suas habilidades de comunicação e expressão, e potencializa a aquisição do português na modalidade escrita. “A sociedade só tem a ganhar com esse projeto”, disse Leite, lembrando o apoio da Fapesc, FINEP e CNPQ no projeto.
Assessoria de Imprensa FCEE