terça-feira, 18 de agosto de 2015

Descobrindo o mundo através da magia do Sitio do Picapau Amarelo


Literatura é uma linguagem específica que, como toda linguagem, expressa uma determinada experiência humana, e dificilmente poderá ser definida com exatidão. Cada época compreendeu e produziu a literatura a seu modo. Conhecer esse “modo” é, sem dúvida, conhecer a singularidade de cada momento da longa marcha da humanidade em sua constante evolução. Conhecer a literatura que cada época destinou as suas crianças é conhecer os ideais e valores ou desvalores sobre os quais cada sociedade se fundamentou (e se fundamenta...). (COELHO, 2000, p. 27-28)

A literatura infantil sempre esteve e estará presente em nossas vidas muito antes da leitura e da escrita, seja por meio das cantigas de ninar, das brincadeiras de roda ou das contações de histórias realizadas pelos familiares. Porém quando as crianças chegam à escola é que a literatura passa a ter o poder de construir uma ligação lúdica entre o mundo da imaginação, dos símbolos subjetivos, e o mundo da escrita, dos signos convencionais impostos pela cultura sistematizada.
Uma boa obra literária é aquela que apresenta a realidade de forma nova e criativa, deixando espaço para o leitor descobrir o que está nas entrelinhas do texto. A interação da criança com a literatura possibilita uma formação rica em aspectos lúdicos, imaginativos e simbólicos. O desenvolvimento dessa interação, com procedimentos pedagógicos adequados, leva a criança a compreender melhor o texto e seu contexto.
A literatura favorece o desenvolvimento humano, tanto o social quanto o individual. Transforma a realidade, pois possibilita a reflexão do real e desperta na criança a busca de uma conquista de seus desejos. A literatura é um instrumento que transmite conhecimento e a cultura de uma comunidade.

São três as funções exercidas pela literatura: a função psicológica, a formadora e a social. A função psicológica desperta no homem a necessidade de fantasiar. A função formadora estimula o desenvolvimento educacional e a formação do homem. Enquanto a função social leva o indivíduo à sua identificação com o ambiente vivenciado na obra literária.
A literatura tem um papel importante para educação da criança, em sua fase de grandes descobertas e curiosidades. Como arte, a literatura trabalha o imaginário, a criatividade e estimula a linguagem. Assim, pais e professores devem explorar as múltiplas visões possibilitadas pela leitura de textos literários, que levam as crianças à possibilidade de reflexão, questionamento e recriação do real.
De acordo com os estudos de Williams e Mclean (1997), crianças surdas, acostumadas com leitura de livros de histórias em LIBRAS, tentam recontar as histórias. Descrevem os sentimentos das personagens baseando-se no texto e na ilustração. As crianças explicam razões para o comportamento das personagens e julgam as suas ações.
As crianças surdas passam pelas mesmas etapas que as crianças ouvintes no processo de aquisição de leitura e escrita. Ou seja, apresentam a capacidade de elaborar representações simbólicas e desenhos, de reconhecer os formatos das letras, para enfim chegar à forma convencional de aprendizagem da escrita e leitura. E para se desenvolverem precisam passar pelas etapas da aquisição de linguagem no seu tempo, com sua língua oral ou visual, para não terem um déficit na sua aprendizagem.
Quadros (2000) comenta que o acesso a leitura e escrita pela criança surda teria duas “chaves preciosas”: o relato de histórias e a produção de literatura infantil em sinais. Introduzir textos em língua de sinais, enquanto prática discursiva, dará condições para a criança surda de perceber como funciona o texto escrito. Esta possibilidade de trabalhar a língua de sinais via texto poderia ser concretizada através da utilização de vídeos em língua de sinais, contos de história por adultos surdos, teatros, etc.
Procurar uma literatura infantil que pudesse agregar, além do exposto acima, o desenvolvimento da linguagem, o conhecimento de mundo e a riqueza cultural do nosso país, levou-nos até Monteiro Lobato, com sua rica e espetacular obra “O Sítio do Picapau Amarelo”. Com o “Sítio”, Monteiro Lobato passou a fazer parte da formação de gerações e gerações de brasileiros, por meio de histórias cujo conteúdo educativo se mescla à irreverência, à liberdade de imaginação, ao incentivo ao questionamento e ao desenvolvimento de leitores críticos e independentes. Nesse espaço ficcional moderno e democrático, convivem figuras típicas da cultura brasileira - como o Saci, a boneca de pano e o curupira-, heróis da mitologia grega, personagens de desenho animado e uma infinidade de tipos e situações que fundem o arcaico ao moderno, a realidade à fantasia, em formas narrativas coloquiais e despojadas, que lembram a tradição oral de contar histórias.
Este plano de trabalho para o CAS, no segundo semestre de 2015, proporcionará as crianças e seus familiares, um leque amplo de conceitos, conhecimentos culturais, interações, focados no objetivo principal: a aquisição e aprendizado da LIBRAS.





Esperamos que, com esse trabalho possamos contribuir significativamente com os professores que atuam na educação de surdos, com propostas de atividades, criação de materiais e sugestões de interação entre escola, alunos e famílias.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Ele é surdo... e agoraaaaaa?



 Ele é surdo... e agoraaaaaa? 

              Se você chegasse na Rússia sem saber o idioma local e fosse acometido por uma doença que o levasse ao hospital, o que faria para se comunicar com médicos e enfermeiros? Se estivesse de passagem na Índia e fosse preso acusado de cometer um crime do qual é inocente, como faria para dar seu depoimento? E se você chegasse na Alemanha, precisasse fazer uma entrevista de emprego sem falar nem sequer uma palavra no idioma alemão? Acho que de inicio ficaria desesperado não é?! Mas.... se descobrisse que há uma central com profissionais intérpretes a disposição gratuitamente? Uffffaaaaaa!!!! Fazendo uma comparação com os exemplos acima, no Brasil existem surdos que falam a Libras, a Língua Brasileira de Sinais, e quando estão em situações parecidas se sentem como estrangeiros em seu próprio país. Para que isso não ocorra contamos com as Centrais de Interpretação de Língua de Sinais (CILS) e em especial aqui em Santa Catarina na cidade de São José está a CILS/SC que dispõe de profissionais habilitados para mediar a comunicação entre surdos e ouvintes. Se você é surdo e precisa ir ao médico, depor em alguma delegacia, fazer uma entrevista de emprego, solicitar ou acompanhar seu benefício da Previdência Social ou participar de um julgamento, entre em contato conosco. Skype: Central Intépretes SC E-mail: centralinterpretes@fcee.sc.gov.br. 
              Se você é um profissional das áreas citadas acima e vai atender um surdo, também pode solicitar nossos serviços através das mesmas ferramentas. Mas lembre-se, é necessário fazer o agendamento com 48 horas de antecedência e atendemos toda a Grande Florianópolis. E atenção, o objetivo da CILS é fazer apenas a interpretação entre as partes envolvidas, não fornecemos trabalho de orientação em quaisquer das áreas mencionadas. Conheça os profissionais que trabalham atualmente na CILS/SC.


Gizelle Fagá

Paula Cecília

Flávio Azevedo

Marliza Bruch

João Netto
Emiliana Steinbach



quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Super Heróis em LIBRAS

A Oficina de LIBRAS para as famílias, fechou o primeiro semestre de 2015 com chave de ouro! Os pais, junto com os professores, organizaram uma peça de teatro "Os Super Heróis em LIBRAS", com o objetivo de, além do aprendizado da Língua de Sinais, promover um momento de interação com seus filhos. Vale a pena assistir o vídeo! O CAS agradece todo o empenho dos pais, e também da equipe. Ver a reação dos alunos e a alegria ao perceberem seus pais como heróis, ficará para sempre registrado em nossa memória. 

 














Confira mais fotos dos nosso super heróis no face do CAS!!