sexta-feira, 31 de agosto de 2018

REVENDO CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA

MATEMÁTICA COM APOIO DO MATERIAL CONCRETO



Vendo a necessidade dos alunos que frequentam o CAS / FCEE em reforçar conteúdos básicos da matemática curricular, e associado ao pedido dos pais em trabalhar estes conteúdos, os professores do nosso centro realizaram atividades com foco nas operações básicas da matemática.

Com uma plano de aula pensado no sujeito surdo, e com todas as explicações específicas para sanar as dúvidas que os mesmos tinham, a aula foi regada de muito aprendizado.

Um dos pontos importantes para ensinar a matemática básica aos alunos surdos é a utilização do material concreto. E nessa aula a professora utilizou o “material dourado” como apoio e instrumento de explicação do conteúdo.

Como o site Só matemática ( https://www.somatematica.com.br/artigos/a14/p2.php) nos apresenta:

O material dourado destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos para efetuar as operações fundamentais (ou seja, os algoritmos).
No ensino tradicional, as crianças acabam "dominando" os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem. Com o material dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.


E assim a aula como objetivo inicial identificar quais eram as habilidades que cada um dos alunos já possuía perante as 4 operações básicas da matemática (adição, subtração, divisão e multiplicação). Posterior a esta análise inicial o objetivo passou a ser a fixação dos conteúdos (somente com foco nestas 4 operações) que eles ainda não possuíam domínio.


Voltando a falar do uso do material concreto em sala de aula, Raquel Martins (2009) em seu texto “Material concreto: um bom aliado nas aulas de matemática” nos esclarece como usar bem o material concreto em sala de aula. O primeiro ítem relatado por Martins é: planeje seu trabalho, após isso, determine os conteúdos a serem desenvolvidos [...] e como eles podem ser aprendidos com o uso de material concreto. Seguindo, utilize o mesmo material para diferentes funções e em diferentes níveis, dependendo do objetivo. É interessante mostrar essa versatilidade aos estudantes. Permita que a turma explore bem o material antes de iniciar a atividade – o ideal é que cada aluno tenha o seu. Se isso não for possível, forme duplas. Depois explique como ele será usado. Apresente uma situação-problema significativa para o aluno: ele precisa ter estímulo para resolvê-la. Observe as crianças: para perceber o raciocínio de cada uma, ajude-as a pensar sobre o que estão fazendo. Para saber se o estudante está de fato aprendendo, peça o registro das atividades realizadas com o material na forma de desenho ou na linguagem matemática. A turma fica mais agitada e conversa mais que o normal durante esse tipo de atividade. Interprete essa “bagunça saudável” como um momento de troca.





















Texto de Vanessa Paula Rizzotto.
Atividade realizada pela professora Marta Mello Vanderlei Locks





REFERÊNCIAS



MARTINS, Raquel. Material concreto: um bom aliado nas aulas de matemática. 2009. Disponível em: < http://matconcretos1.blogspot.com/ >, acesso em 29 de agosto de 2018.



TRABALHANDO com material dourado e blocos lógicos nas séries iniciais - parte 2. Disponível em: < https://www.somatematica.com.br/artigos/a14/p2.php >, acesso em 29 de agosto de 2018.



quarta-feira, 29 de agosto de 2018

LÍNGUA, LINGUAGEM E MOVIMENTO

APRENDER COM JOGOS LÚDICOS

Juntando língua, linguagem, expressão facial e corporal e todo o conhecimento prévio dos alunos os professores do AEE Libras e AEE Português do CAS/FCEE juntaram os alunos para um momento de aprendizado lúdico. Neste encontro de aprendizagem através do lúdico os professores utilizaram um jogo chamado “Linguagem e Movimento”.

Como podemos ver nas imagens abaixo, a turma, de alunos e professores, teve um momento de muita brincadeira e aprendizado, em que os professores associaram a produção em língua de sinais, com o aprendizado da língua portuguesa escrita. Lembrando sempre que a língua de sinais é a língua materna dos surdos, e por isso estimular produções nesta língua, enriquece o vocabulário dos sujeitos, reforça sua identidade e valoriza sua língua criando a eles novos olhares de mundo.

O jogo utilizado na atividade é um jogo de tabuleiro e contêm “cartas”, sendo que cada carta contém 4 “box” de informações (como podemos ver na imagem 2). No primeiro box de cada carta há o nome de um verbo, no segundo box o nome de um substantivo e no terceiro um adjetivo. No quarto e último box, há a orientação de quantas casas do tabuleiro o jogador pode avançar.

Na brincadeira a criança selecionada para iniciar escolhe uma carta e deve através da língua de sinais, ou até mesmo de expressões faciais e corporais, expressar cada uma das palavras. O educando inicia com a demonstração do verbo, mas não é permitido fazer o sinal da palavra em sí! Se um ou mais dos colegas descobrirem qual é o verbo e souber escrevê-lo, ele/eles ganham um ponto (reserva). Antes da brincadeira continuar e a criança que está com a carta expressar a palavra do segundo box, o substantivo, os professores ensinam a todos a forma escrita do verbo que foi descoberto antes. E assim acontece com todas as palavras daquela carta. Ganha a possibilidade de avançar no tabuleiro quem descobriu e sabia escrever mais palavras. E assim consegue avançar no tabuleiro quantas casas está indicado na carta. A brincadeira começa novamente com outra criança escolhendo nova carta e fazendo todo o processo novamente. Ganha o jogo quem chega ao final do tabuleiro.

Momentos como este são de grande importância para as crianças que frequentam o AEE do CAS/FCEE, pois não focamos no aprendizado acadêmico (do currículo escolar), e sim no aprendizado geral da língua como L1 e L2, por isso juntamos Libras e Português.

Vale lembrar ainda que este jogo foi adquirido pronto, mas é possível que professores que trabalham com alunos surdos elaborem o mesmo jogo com materiais disponíveis, e assim criem um jogo possibilita muito aprendizado e interação.



Texto de Vanessa Paula Rizzotto.

Atividade realizada pelos professores Marcos Alexandre Marquioto e Marta Mello Vanderlei Locks















terça-feira, 28 de agosto de 2018

ESCRITA ALFABÉTICA NA PALMA DA MÃO

ENSINANDO ALUNO SURDOCEGO: POSSIBILIDADES DE COMUNICAÇÃO

Ensinar aos alunos surdocegos todas as possibilidades de comunicação, é uma das funções que o AEE Libras Surdocegueira – CAS/FCEE assume. Pois acredita-se que o sujeito irá aos poucos identificar e descobrir qual é o método ao qual mais se encaixa. E assim, naturalmente irá tomar as decisões da sua vida.

No vídeo abaixo temos a professora Dariane Regis ensinando ao aluno o método da “Escrita Alfabética na Palma da Mão”.

Conforme Cader-Nascimento e Costa (2010, p. 64) nos explicam, a escrita alfabética na palma da mão consiste no registro das letras em caixa alta (letras maiúsculas) do alfabeto (já de conhecimento da criança) na palma da mão da pessoa surdocega. O mediador deve apoiar a mão do surdocego e, em seguida, com o dedo indicador, realizar os movimentos necessários à identificação das letras, ou ainda, se mais avançado, da palavra.

Abaixo também apresentamos uma imagem com os movimentos corretos na representação de cada uma das letras feitas na palma da mão do sujeito.

Outra observação importante é que, neste caso, o aluno já conhecia o alfabeto datilológico, e dessa forma conseguia se expressar quando do entendimento da letra escrita na palma da mão.




Movimentos que devem ser realizados na palma da mãos do surdocego
para que ele aprenda a 'escrita alfabética na palma da mão"! 




Texto de Vanessa Paula Rizzotto.
Atividade realizada pela professora Dariane Regis.



REFERÊNCIA






sexta-feira, 24 de agosto de 2018

CENTRAL DE INTÉRPRETES - CAS/FCEE

APRESENTANDO A CIL - CENTRAL DE INTÉRPRETES DE LIBRAS 

Um dos anseios da comunidade surda é ter acesso à comunicação em sua própria língua. Por isso, depois de tantas lutas da comunidade surda, a constituição do Brasil conta com leis e decretos que além de regulamentar a LIBRAS, determina que empresas públicas e privadas passem a ter em seu quadro de funcionários pessoas aptas a fazerem o atendimento em língua de sinais.

A FCEE, através do CAS, Centro de capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez, através da Central de Intérpretes, oferece atendimento presencial ou on-line através do aplicativo Skype, ao público surdo, nas suas diversas necessidades, como solução de pendências junto a órgãos públicos ou privados, médicos, bancos, comércio, órgãos judiciais entre outros.

O atendimento a pessoa com surdez realizado pela Central de Intérpretes facilita e proporciona o diálogo entre as partes de forma clara e objetiva e busca o empoderamento do sujeito surdo, já que sem a comunicação na sua língua materna, o individuo surdo fica fragilizado e dependente de outra cultura que não a dele.

Diante do atual contexto político e educacional, vimos que o atendimento das pessoas com surdez tem muitos obstáculos a serem transponíveis. A divulgação é inadequada e é preciso rever algumas práticas para que o público surdo seja atingido e faça jus aos benefícios que as Leis proporcionam.

A Central de Intérpretes (alocada no município de São José – SC no campus da FCEE) deseja alcançar seus objetivos de eficiência não só oferecendo um serviço de qualidade mas também divulgando os meios de acessá-la para que a língua de sinais esteja presente em todos os locais possíveis, através de seus profissionais, cumprindo com zelo e esmero sua função dentro da sociedade.

Conte com o atendimento do CAS e necessitando de intérprete, faça o pedido através do e-mail ou Skype com no mínimo 2 dias uteis (48 horas) de antecedência.




Texto de: Luiz Augusto da Silva, Manfred Schaberle da Silva e Valdelúcio Fernandes Marques




quinta-feira, 23 de agosto de 2018

PRODUÇÃO DE TEXTOS EM LIBRAS

ESTIMULANDO A CRIATIVIDADE DOS ALUNOS

Uma das atividades que os professores do AEE Libras do CAS / FCEE fazem em inúmeros momentos com nossos alunos é estimular a criatividades destes na produção textual em língua de sinais. Obviamente a produção dos textos passa por um pequeno processo com alguns passos a serem seguidos e que, vez ou outra, modificam-se conforme orientação dos professores.

Nesta atividade aqui exemplificada através das fotos, o professor criou a sua história para os alunos, com tema principal “O Circo”. Ele então iniciou sua produção modelo desenhando no quadro os personagens e os ambientes da sua história. E dessa forma foi criando, elaborando e exemplificando todo o contexto da sua narrativa.

Vale ressaltar que na sua estratégia de ensino, ele provocou a leitura dos alunos através do desenho. Estimulando assim a criatividade dos mesmos.

Como nos expõe Antunes sobre a importância da leitura para produção textuais "É entendido que a leitura é um fator necessário para a condição criativa da criança, assim é preciso o professor promover estratégias para estimular a leitura dos seus alunos, por meio de elaboração de projetos que possibilitem aprendizagens significativas". (2012, p. 59).

Outro ponto importante a ser ressaltado é que a leitura não exercita somente através do texto escrito, mas também aprendemos quando lemos imagens, fotografias, escultura e a própria língua de sinais.

Seguindo na atividade, após a exemplificação do professor, cada um dos alunos iniciou a sua própria produção textual, e como podemos ver nas fotos abaixo, todos iniciaram, como o professor, desenhando os personagens e os ambientes das suas histórias. Após o término do desenho, cada um na sua vez, foi até a frente da sala para contar a sua narrativa em língua de sinais para o professor e os colegas.




Texto e fotos de Vanessa Paula Rizzotto. 
Atividade Realizada pelo professor Marcos Alexandre Marquioto.

REFERÊNCIAS


ANTUNES, Celso. Projetos e práticas pedagógicas na Educação Infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.