terça-feira, 20 de março de 2018

OS ANIMAIS EM LIBRAS

PLANO DE AULA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Como usuários do CAS, temos algumas crianças já diagnosticadas com surdez que frequentam o nosso AEE Libras da Educação Infantil. E para esse público as aulas são pensadas com muita diversidade de materiais e muitas estratégias lúdicas.
Como é o caso dessa aula que podemos ver descrita abaixo.

No plano de aula em que a professora trabalhou os animais com uma das alunas da educação infantil do CAS, a professora tinha o objetivo principal de ensinar a ela os sinais de cada um dos animais. E para tanto utilizou-se da seguinte estratégia:
- no primeiro momento do atendimento, a professora recepcionou a aluna com fichas que contém a imagem, o nome e o sinal de alguns animais. E assim professora e aluna interagiram, a professora sempre instigando a produção do sinal por parte da aluna (e como podemos ver no vídeo a mesma já faz vários sinais!).
- terminada a atividade das fichas a professora utilizou tinta guache para junto com a aluna construírem um animal em uma folha A4 branca. A professora ou a própria aluna pintava sua mão, e depois “carimbava” a folha em branco com a mão da aluna já pintada. Quando já estava seca a pintura, as duas usando a imaginação, construíam o que faltava do animal, como podemos ver nas fotos. A criatividade da professora e da aluna fez com que surgisse um peixe, uma zebra e uma ovelha.

A atividade foi muito proveitosa, pois a aluna memorizou o sinal dos animais e gostou muito da realização da atividade. Demonstrando que gostaria de pintar outros animais, bem como de manusear mais a tinta.

Vale ressaltar que a professora já conhece a aluna em questão, e sabe do seu gosto pelos trabalhos e atividades com tinta. E assim, é estratégico o uso dos gostos pessoais dos alunos para os momentos de aprendizagem. Resultando assim num processo de ensino e aprendizagem produtivo e prazeroso para todos os envolvidos.

Outros objetivos da atividade foram:
    - Ampliar a atenção visual.
    - Criar hábito de relacionar imagem com sinal.
Veja fotos do atendimento!  





ALUNA CARIMBANDO A MÃO PINTADA


ZEBRA

PEIXE 

OVELHA
Texto: Vanessa Paula Rizzotto - Intérprete de Libras 
Atividade realizada pela professora: Dariane Regis


Tradução da matéria em LIBRAS:


ATIVIDADE DE INTERAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

UM DIA DIFERENTE – RECEITA DE BRIGADEIRO EM LIBRAS

Nas sextas-feiras o CAS proporciona aos seus alunos um dia de atendimento diferenciado. Com atividades práticas e possibilitando que todos “coloquem a mão na massa”!
Nessa última sexta-feira (16/03/18) não foi diferente, e os professores trabalharam com os alunos a receita de um “brigadeiro”.

Os professores do AEE Libras, AEE Português e AEE surdocegueira (todos em parceria) ensinaram aos alunos os ingredientes e toda a forma de preparo. Desde o momento de fazer a mistura, até levar ao fogo, todas as orientações até a receita ficar pronta e posteriormente enrolando cada docinho e separando nas forminhas.

Participaram da atividade alunos de todas as idades. Sendo que apenas os alunos maiores puderam mexer com fogo, e sempre com a orientação e acompanhamentos dos professores.

Até que todos aguardassem a receita esfriar, os professores contaram a história do famoso docinho brasileiro, que você também pode ver abaixo. E ao final todos saborearam a delícia que é o docinho!

Vale ressaltar que toda a aula/interação, aconteceu em língua de sinais e assim todos os alunos puderam interagir por mais tempo na sua própria língua. Visto que nosso objetivo como instituição especializada em atendimento ao surdo é proporcioná-los o maior tempo possível de contato com a língua de sinais e através dela, repassar a eles todos os conhecimentos de mundo possíveis e que estão ao nosso alcance. Lembrando também que a maioria dos nossos usuários está em fase de aquisição linguística, por isso a necessidade extrema de muitos estímulos e a explicação de conteúdos diversos.

Veja nas fotos os momentos de interação.

*****
A origem do docinho Brigadeiro
O brigadeiro, um dos doces mais famosos do mundo, teve origem brasileira e a sua criação resultou de circunstâncias bastante originais.
Em 1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil estava em época de campanha para eleição de um novo presidente. O candidato Eduardo Gomes, cuja patente militar era Brigadeiro, tinha enorme sucesso entre as mulheres, o que aliás era comprovado pelo seu slogan da campanha que era “Vote no brigadeiro que é bonito e solteiro”.
Vote no brigadeiro que é bonito e solteiro!”
Assim, as suas eleitoras mais devotas decidiram tentar promover a sua campanha organizando festas para angariar fundos e para dar ainda mais visibilidade ao seu candidato. Contrariamente a venderem o habitual merchandising eleitoral, decidiram elaborar um doce para ser vendido nesses encontros. Havia, no entanto, um problema. Como se estava em tempo de pós-guerra havia imensa falta de leite fresco e de açúcar, o que complicava a tarefa de se fazer qualquer doce. Assim, decidiram recorrer ao leite condensado, misturando-o com manteiga e chocolate.
Estava assim criado o que ficou na altura conhecido como “o doce do brigadeiro” e que era vendido durante a campanha, tentando conquistar votos através do paladar do eleitorado. O doce foi um sucesso, mas o candidato acabou por não ser eleito.
Durante a década de 50 o nome foi abreviado e o doce espalhou-se por todo o país, sempre com uma excelente recepção.






















Texto: Vanessa Paula Rizzotto - Intérprete de Libras 
Atividade realizada pelo professores: Marta de Mello Vanderlei Locks, Janaína Kosztrzepa
 e João Paulo Casagrande. 

Tradução da matéria em LIBRAS


ATIVIDADE AEE PORTUGUÊS

FICHAS SOBREPOSTAS

Uma das atividades que a professora do AEE Português aqui do CAS realiza com seus alunos é a atividade de “Fichas sobrepostas”.
Nesta situação, a atividade foi realizada com um dos nossos alunos que além da surdez tem paralisia cerebral (PC) e a mesma tem o objetivo de proporcionar que o aluno consiga:
- ler, comparar e ordenar imagens, sinais e nomes de animais utilizando a datilologia;
- relacionar as imagens observando as cores e os sinais em Libras;
- memorizar os sinais e os nomes dos animais, por meio da datilologia.

A metodologia utilizada foi em fixar o cartaz que continha os sinais em Libras às imagens dos animais e ao nome de cada animal, colocado-os sobre a mesa, pois o atendimento exige estratégias diferenciadas devido à especificidade do aluno em questão. Vale lembrar que para cada aluno e para cada atendimento deve-se levar em conta as considerações individuais de cada caso.

Utilizando o material em duplicidade, o qual anteriormente foi recortado e selecionado pela professora, o aluno deveria, ao ser perguntado o sinal do animal, responder fazendo o sinal (à sua maneira) e, em seguida, sobrepor a ficha no local onde se encontrava o animal correspondente. Esta atividade foi realizada com a finalidade de se perceber o conhecimento e a compreensão do que se pede ao aluno com surdez e outras comorbidades. O aluno atendido tem dificuldades motoras, sendo assim, a escrita é realizada em datilologia.
Para esta atividade, foi utilizado o material que está disponível no site: <www.cirandacultural.com.br>.


Veja fotos do atendimento!  








Texto: Vanessa Paula Rizzotto - Intérprete de Libras 
Atividade realizada pela professora Marta de Mello Vanderlei Locks

Tradução do texto em LIBRAS


segunda-feira, 12 de março de 2018

Literatura é uma linguagem específica que, como toda linguagem, expressa uma determinada experiência humana, e dificilmente poderá ser definida com exatidão. Cada época compreendeu e produziu a literatura a seu modo. Conhecer esse “modo” é, sem dúvida, conhecer a singularidade de cada momento da longa marcha da humanidade em sua constante evolução. Conhecer a literatura que cada época destinou as suas crianças é conhecer os ideais e valores ou desvalores sobre os quais cada sociedade se fundamentou (e se fundamenta...). (COELHO, 2000, p. 27-28)
A literatura infantil sempre esteve e estará presente em nossas vidas muito antes da leitura e da escrita, seja por meio das cantigas de ninar, das brincadeiras de roda ou das contações de histórias realizadas pelos familiares. Porém quando as crianças chegam à escola é que a literatura passa a ter o poder de construir uma ligação lúdica entre o mundo da imaginação, dos símbolos subjetivos, e o mundo da escrita, dos signos convencionais impostos pela cultura sistematizada.
Uma boa obra literária é aquela que apresenta a realidade de forma nova e criativa, deixando espaço para o leitor descobrir o que está nas entrelinhas do texto. A interação da criança com a literatura possibilita uma formação rica em aspectos lúdicos, imaginativos e simbólicos. O desenvolvimento dessa interação, com procedimentos pedagógicos adequados, leva a criança a compreender melhor o texto e seu contexto.
A literatura favorece o desenvolvimento humano, tanto o social quanto o individual. Transforma a realidade, pois possibilita a reflexão do real e desperta na criança a busca de uma conquista de seus desejos. A literatura é um instrumento que transmite conhecimento e a cultura de uma comunidade.

São três as funções exercidas pela literatura: a função psicológica, a formadora e a social. A função psicológica desperta no homem a necessidade de fantasiar. A função formadora estimula o desenvolvimento educacional e a formação do homem. Enquanto a função social leva o indivíduo à sua identificação com o ambiente vivenciado na obra literária.
A literatura tem um papel importante para educação da criança, em sua fase de grandes descobertas e curiosidades. Como arte, a literatura trabalha o imaginário, a criatividade e estimula a linguagem. Assim, pais e professores devem explorar as múltiplas visões possibilitadas pela leitura de textos literários, que levam as crianças à possibilidade de reflexão, questionamento e recriação do real.
De acordo com os estudos de Williams e Mclean (1997), crianças surdas, acostumadas com leitura de livros de histórias em LIBRAS, tentam recontar as histórias. Descrevem os sentimentos das personagens baseando-se no texto e na ilustração. As crianças explicam razões para o comportamento das personagens e julgam as suas ações.
As crianças surdas passam pelas mesmas etapas que as crianças ouvintes no processo de aquisição de leitura e escrita. Ou seja, apresentam a capacidade de elaborar representações simbólicas e desenhos, de reconhecer os formatos das letras, para enfim chegar à forma convencional de aprendizagem da escrita e leitura. E para se desenvolverem precisam passar pelas etapas da aquisição de linguagem no seu tempo, com sua língua oral ou visual, para não terem um déficit na sua aprendizagem.
Quadros (2000) comenta que o acesso a leitura e escrita pela criança surda teria duas “chaves preciosas”: o relato de histórias e a produção de literatura infantil em sinais. Introduzir textos em língua de sinais, enquanto prática discursiva, dará condições para a criança surda de perceber como funciona o texto escrito. Esta possibilidade de trabalhar a língua de sinais via texto poderia ser concretizada através da utilização de vídeos em língua de sinais, contos de história por adultos surdos, teatros, etc.
Procurar uma literatura infantil que pudesse agregar, além do exposto acima, o desenvolvimento da linguagem, o conhecimento de mundo e a riqueza cultural do nosso país, levou-nos até Monteiro Lobato, com sua rica e espetacular obra “O Sítio do Picapau Amarelo”. Com o “Sítio”, Monteiro Lobato passou a fazer parte da formação de gerações e gerações de brasileiros, por meio de histórias cujo conteúdo educativo se mescla à irreverência, à liberdade de imaginação, ao incentivo ao questionamento e ao desenvolvimento de leitores críticos e independentes. Nesse espaço ficcional moderno e democrático, convivem figuras típicas da cultura brasileira - como o Saci, a boneca de pano e o curupira-, heróis da mitologia grega, personagens de desenho animado e uma infinidade de tipos e situações que fundem o arcaico ao moderno, a realidade à fantasia, em formas narrativas coloquiais e despojadas, que lembram a tradição oral de contar histórias.
Este plano de trabalho para o CAS, no segundo semestre de 2015, proporcionará as crianças e seus familiares, um leque amplo de conceitos, conhecimentos culturais, interações, focados no objetivo principal: a aquisição e aprendizado da LIBRAS.
Esperamos que, com esse trabalho possamos contribuir significativamente com os professores que atuam na educação de surdos, com propostas de atividades, criação de materiais e sugestões de interação entre escola, alunos e famílias.



Tradução do texto em LIBRAS


quinta-feira, 8 de março de 2018

ATIVIDADE - AEE SURDOCEGUEIRA

ATIVIDADE - “VOCABULÁRIO DE PÁSCOA COM ALUNO SURDO-CEGO”

Estamos chegando na Páscoa. Época em que são comemorados e trabalhados vários símbolos: como o coelho da Páscoa, o peixe, a vela (Círio Pascal), o vinho, o ovo de Páscoa, o cordeiro, dentre outros.

Dessa forma, com base no seu planejamento a professora do AEE Libras da Surdocegueira do CAS, Dariane Regis, trabalhou na manhã de hoje (08/03/2018) com seu aluno alguns desses símbolos citados cima.

O objetivo da aula era enriquecer o vocabulário do aluno de 7 anos e fazer com que este sinta/conheça, através do relevo, as imagens selecionadas pela professora.

Como podemos ver nas fotografias, a professora preparou a aula selecionando as imagens e posteriormente utilizando cola auto relevo para contornar as mesmas, e assim possibilitar que o aluno através do tato conheça a imagem sobre a qual estava aprendendo.

A professora utilizou como estratégia deixar um tempo livre para o aluno manusear uma imagem de cada vez e depois, com a Libras Tátil mostrava o sinal para o aluno. Fazendo com que este repetisse o sinal e assim o memorizasse.


Ao final o ensino do vocabulário a professora também apresentou para o aluno uma poesia de Páscoa.  














Texto: Vanessa Paula Rizzotto - Intérprete de Libras 

Tradução do texto em LIBRAS

ATIVIDADE EXTRACLASSE

HIGIENE BUCAL - PALESTRA COM UMA DENTISTA

Ontem, dia 07 de março de 2018 tivemos aqui no CAS uma palestra sobre Higiene Bucal para os nossos usuários.

A profissional dentista Janaína Simiano de Souza veio voluntariamente ministrar a palestra e explicar conceitos muito importante sobre a higiene bucal, tais como:
- Quantas vezes devemos escovar nossos dentes ao dia;
- Qual a maneira correta da escovação;
- Quais alimentos fazem mal a nossa saúde bucal;
- Quais alimentos auxiliam para uma boa higiene bucal;
E ainda, outras informações.

Na oportunidade a profissional dentista fez aplicação de um líquido para que cada aluno identificasse onde seus dentes estavam “sujos”. Sendo que cada um deles fez bochecho com um líquido rosa que grudava na “sujeira”. Após essa experiência todos aprenderam como devemos escovar os dentes corretamente. Ao final, cada aluno ganhou uma escova de dente.

Algumas mães de alunos também assistiram as palestras e auxiliaram na escovação quando necessário.


Vale lembrar que a palestra foi todo interpretada pela Central de Intérpretes alocada no CAS – FCEE.  




















Texto: Vanessa Paula Rizzotto - Intérprete de Libras

Tradução do texto em LIBRAS