sexta-feira, 26 de abril de 2019

TEATRO APRESENTADO PELOS ALUNOS CAS

"O CAMALEÃO QUE QUERIA SER UM JACARÉ"

No dia 26 de abril de 2019 os alunos do CAS, que frequentam a turmas de atendimento das terças e quintas-feiras no período matutino, apresentaram o teatro "O Camaleão que queria ser um jacaré" no Colégio Santa Catarina, localizado na Rua Frei Evaristo, n 91 - Centro de Florianópolis - SC.

O teatro foi uma solicitação da escola para que nossos alunos se apresentassem na feira do livro promovida pela escola e como forma de mostrar a diversidade e a importância da língua de sinais. 

A história apresentada foi criada pelo professor surdo Marcos Alexandre Marquioto e conta a história de Pedro, um camaleão surdo que queria muito ser como os jacarés, pois se sentia muito sozinho e sem amigos por não conseguir "falar com a boca", apenas com as mãos. Mas Pedro, no desenrolar da história, faz vários amigos surdos, e uma amiga em especial, que é ouvinte e sabe Libras fluente mostrando a eles que todos precisam respeitar a língua da comunidade surda e principalmente que todos podem e deveria também aprender a língua de sinais, inserindo ainda mais os sujeitos surdos na sociedade. 

O CAS/FCEE agradece a dedicação de todos os profissionais envolvidos, bem como os alunos e seus familiares. 

Profissionais envolvidos:

Cilene Couto Becker – Pprofessora bilíngue
Dariane Regis – professora de Libras
Manfred Schaberle da Silva
Marcos Alexandre Marquioto – professor de Libras
Marli Simiano de Souza – pedagoga
Valdeci Lisboa – pedagogo
Valdelúcio Fernandes Marques
Vanessa Paula Rizzotto – intérprete de Libras
Vilson dos Santos – secretário do CAS


Alunos que participaram: 

Fábio Miguel Silva Nardes
André Lucas Filippi
Ewelly Manoelly de Santana Pessoa
Gabriele Rosa de Melo
Jonas Emanuel De Campos
Leticia dos Santos Bruggemann
Lorena Ferreira Giusti
Lucas Pereira do Rosário
Ricardo César Leal da Silva


Vejam as fotos da apresentação! 


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Texto de Vanessa Paula Rizzotto - intérprete de Libras 

Foto depois da apresentação no Colégio Santa Catarina
Início da apresentação!


Foto durante a apresentação 

Apresentação pessoal dos alunos que participaram do teatro
 
Foto durante a apresentação 

Foto durante a apresentação 

Foto durante a apresentação 
Durante a apresentação

Durante a apresentação

Ensaio e orientação dos professores

Ensaio 

Foto do ensaio









terça-feira, 9 de abril de 2019

AEE LIBRAS – O ENSINO DA GRAMÁTICA DA LIBRAS COM PLANO DE AULA




Ouvintes estão acostumados a ter na sua grade curricular permanente, do ensino fundamental ao ensino médio, o estudo da gramática da língua portuguesa. Afinal todos sabemos o quanto é importante saber das regras de uma língua para o seu uso correto.

O mesmo deveria ocorrer com a Língua Brasileira de Sinais, que é configurada como língua por possuir um conjunto de regras e signos abstratos, condicionados à fala (não restrita somente a oralização) ou aos sinais, essencial às práticas sociais de uma comunidade linguística. Pensando nisso nosso professor Marcos Alexandre Marquioto preparou um plano de aula voltado ao ensino da gramática da Libras aos alunos que frequentam o AEE Libras do CAS/FCEE.

Vale ainda relembrar que a língua de sinais é uma língua espacial visual e existem muitas formas criativas de explorá-la, mas com elementos gramaticais claros, como é o caso dos 5 parâmetros da Libras: a) Configurações de mão; b) Movimentos; c) Ponto de articulação; d) Orientação e direcionalidade, e; e) Expressões faciais e corporais; além de outros tópicos gramaticais como: uso de classificadores, que são recursos discursivos que tal língua oferece para serem explorados durante o desenvolvimento da criança surda e que devem ser explorados para um processo de alfabetização com êxito. (QUADROS, 2007).

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PLANO DE AULA

PROFESSOR: Marcos Alexandre Marquioto

TURMA: AEE LIBRAS (alunos que estão matriculados no ensino fundamental e médio)

TEMA: Gramática da Língua Brasileira de Sinais

OBJETIVO GERAL:

- Demonstrar e explicar as principais regras gramaticais da Libras.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Apresentar a língua de sinais como língua e por isso ser um conjunto de regras;
- Explicar os 5 parâmetros da Língua Brasileira de Sinais: a) Configurações de mão; b) Movimentos; c) Ponto de articulação; d) Orientação e direcionalidade, e; e) Expressões faciais e corporais
- Expor cada um dos parâmetros individualmente exemplificando cada um deles; e
- Identificar sinais que modificam apenas um parâmetro da língua de sinais, e por isso ganham outro significado.

CONTEÚDOS TRABALHADOS:

- Gramática da Libras:
- Configurações de mão
- Movimentos
- Ponto de articulação
- Orientação e direcionalidade
- Expressões faciais e corporais

DURAÇÃO:

O presente plano terá duração de aproximadamente uma semana de aula, sendo o equivalente a dois encontros semanais com 1 hora e 45 minutos de duração cada encontro.

METODOLOGIA:

As aulas serão expositivas e explicativas, mas sempre muito dinâmicas contando com a participação e o envolvimento dos alunos. O questionamento do professor aos alunos será recorrente e assim ira requer atenção dos estudantes e indagação dos mesmos quando o assunto tratado não for compreendido.
Num primeiro momento o professor falará aspectos da língua de forma geral já abordando sobre as regras gramaticais existentes.
Após, o professor falará especificamente sobre os 5 parâmetros. Neste momento o professor dará vários exemplos de cada um dos parâmetros, demonstrando cada um deles na prática. Tudo isso com sinais que os próprios alunos já conhecem e usam, provando assim a importância do esclarecimento gramatical da língua, e dando a ela o seu status merecido, e muitas vezes desconhecido pelos alunos.
A aula seguirá com conversas a respeito do assunto, e esclarecimento de possíveis dúvidas.
As atividades serão a partir de questionamentos do professor, a respeito do assunto trabalhado.


MATERIAIS UTILIZADOS:
- Quadro branco e canetão (pincel atômico).

AVALIAÇÃO:
A avaliação será realizada de forma processual e dinâmica através das atividades realizadas e observando sempre a produção em língua de sinais dos alunos e priorizando a compreensão do assunto trabalhado e exposto neste plano de aula. A participação e o envolvimento dos alunos é parte da avaliação, principalmente quando demonstram interesse na sua língua materna.

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Veja a seguir fotos da aula descrita no plano acima:


















Texto de Vanessa Paula Rizzotto – intérprete de Libras
Atividade realizada pelo professor Marcos Alexandre Marquioto



sexta-feira, 5 de abril de 2019

A IMPORTÂNCIA DO CONTRASTE NA MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA DA SURDOCEGUEIRA



Como já falamos anteriormente a surdocegueira é uma deficiência única e portanto, todos os casos devem ser analisados individualmente, respeitando a individualidade de cada aluno isoladamente.
Obviamente que essa deveria ser uma premissa na educação de forma geral, ainda mais na educação especial!

Contudo, quando falamos da surdocegueira, é necessário avaliar quais são resíduos auditivos e visuais que o aluno possui, para assim conseguir trabalhar a forma de comunicação específica para este aluno, a metodologia adequada de repasse de informações e a forma correta de explorar as capacidades do aluno.

Um dos exemplos que podemos citar é a observação e o cuidado com os contrastes.

Nas imagens abaixo podemos ver uma atividade sendo realizada pela professora com sua aluna. Vale ressaltar que inicialmente a atividade estava ocorrendo sobre uma carteira escolar de cor clara e um dos materiais da atividade era um copo plástico da cor branca. Entretanto no decorrer da prática a professora percebeu que a aluna, por vezes, usando de seu resíduo visual, procurava pelo copo em cima da carteira.

A partir desta observação a professora, sabendo da necessidade de contraste, para uso do resíduo visual, utilizou uma toalha preta para cobrir a carteira e fazer contraste com o copo branco. Vejam que uma adaptação aparentemente muito simples, foi possível de colaborar para a realização da atividade, compreensão e aprendizagem da aluna, pois a partir deste momento a aluna conseguiu desenvolver a atividade facilmente, inclusive dando mais retorno nas solicitações e orientações da professora.

Por isso é importante lembrarmos, sempre que trabalhamos com alunos surdocegos, quais as adaptações que este aluno em especial necessita, visto que, para os que possuem um resíduo visual o aumento do contraste favorece a percepção visual. O mais comum é o contraste preto no branco (como ocorreu na atividade realizada, com a mesa preta e o copo branco), mas outras variações em alto contraste podem ser testadas.

A percepção de cores também varia caso a caso. Em geral, as cores mais fortes são percebidas com mais facilidade. Contudo essa não é a realidade da diagramação e das ilustrações dos livros didáticos, que usam tons muito claros para o aluno com baixa visão. Por isso devemos, como professores nos programar para o trabalho a ser realizado e ter conhecimento prévio do aluno, e assim possibilitar adaptações como: contornar as imagens de mapas, figuras e formas geométricas; ou ainda utilizar recursos alternativos que destaquem em relevo os detalhes que não podem ser percebidos através das cores.

Veja as imagens da atividade realizada no AEE Surdocegueira do CAS / FCEE que foi relatada acima.

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Texto de Vanessa Paula Rizzotto – intérprete de Libras

Atividade realizada pela professora Dariane Regis







quarta-feira, 3 de abril de 2019

ATRASO NA FALA PODE SER SINTOMA DE PERDA AUDITIVA



Que pai não se enche de alegria ao ouvir aquele “mamá” ou “papá”? É a partir das primeiras palavras que o desenvolvimento da fala ganha amplitude. Mais emissões vão surgindo, suas combinações ficam cada vez mais frequentes e novos sons continuam aparecendo até que, lá pelos 2 anos, as pequenas frases são produzidas. Mas e quando isso não ocorre?
DESENVOLVIMENTO NORMAL
Quando analisamos a fala e a linguagem, como outros aspectos do desenvolvimento da criança, a variabilidade no tempo e no desenvolvimento é muito grande. Entretanto, não podemos resumir o tema num conceito como “tem que estar falando aos X anos”, pois a coisa é bem mais complexa.


FALA X LINGUAGEM
Fala e linguagem são coisas diferentes. Fala é o ato de se expressar através das palavras produzidas pela articulação dos lábios, da língua, e das demais estruturas da garganta, além do papel da vibração das cordas vocais. Já a linguagem tem um conceito bem mais amplo e inclui todas as formas de se expressar e de captar as informações que tenham sentido comunicativo. Assim, para uma boa linguagem, além de falar adequadamente é importante ouvir bem.
O desenvolvimento da fala nos primeiros anos de vida de uma criança pode ser afetado por problemas de perda de audição não diagnosticados. Por isso, é muito importante que os pais fiquem atentos aos sinais de atraso na linguagem oral, nos primeiros dois anos de vida, para evitar que a criança tenha prejuízos no seu desenvolvimento que podem acarretar em problemas por toda a vida. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que aproximadamente 32 milhões de crianças, no mundo inteiro, têm algum tipo de deficiência auditiva, sendo que 40% dos casos ocorrem devido a problemas genéticos e 31% por causa de infecções, como sarampo, rubéola e meningite.
Muitos pais só buscam tratamento para o problema de audição dos filhos quando outros sintomas começam a surgir, apesar de o atraso na fala e a falta de diálogo serem os sinais mais evidentes.
SINAIS DE ALERTA
Em qualquer idade:
  • Crianças que não reagem aos sons ou que não balbuciam ou produzem sons com a voz.
Entre 1 e 2 anos de idade:
  • Dificuldade de compreender frases ou solicitações verbais;
  • Não tentar imitar sons ou palavras;
  • Preferir gestos do que a voz para se comunicar.
Após os 2 anos:
  • Não produzir palavras ou frases espontaneamente;
  • Repetir palavras sem sentido para a comunicação;
  • Tom de voz anormal ou anasalado;
  • Dificuldade de compreender o que a criança diz na maior parte das vezes em que fala.

Procure sempre um Profissional – Fonoaudiólogo, que tenha experiência e que conheça profundamente o desenvolvimento infantil. 

O diagnóstico de transtornos na aquisição e desenvolvimento da fala e da linguagem é de competência do Fonoaudiólogo. O médico pode dar o diagnóstico médico, mas na área da fala e da linguagem, deve haver também o diagnóstico fonoaudiológico.





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:



https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/atraso-no-desenvolvimento-da-fala-quando-se-preocupar/

http://www.gaz.com.br/conteudos/blog_meu_bebe/2018/05/22/120567-atraso_na_fala_pode_ser_sintoma_de_perda_auditiva.html.php

https://escolasdobem.com.br/perda-de-audicao/

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Texto escrito por Luana Zimpeck de Rezende