A
IMPORTÂNCIA DA
FAMÍLIA APRENDER A LÍNGUA DE SINAIS
“É
na família que se inicia a sociedade, nela os indivíduos organizam
conceitos e buscam a maturidade por meio de trocas entre seus
membros. Por esse motivo, as maneiras de educar são incessantes.
Trata-se de um processo que vai do nascer ao morrer, sendo a família
considerada, via de regra, a principal responsável pela formação
do caráter de uma pessoa.”
É
com base nas palavras de Santos
Filho
e
Oliveira (2010)
que
o CAS/FCEE se preocupa na participação da
família dos nossos alunos em aprender a língua de sinais, para
assim conseguirem se comunicar claramente (e desde muito cedo) sobre
os mais variados assuntos.
Dessa
forma, pensando
no tempo ocioso que as famílias tinham quando vinham até o centro
de atendimento trazer seus filhos para os
atendimentos,
o CAS/FCEE oferece aos pais e responsáveis dos nossos usuários uma
oficina de Libras. Tal oficina, sempre é ministrada por um
professor/a surdo/a e lhes proporciona o aprendizado da língua (iniciando do básicos para famílias que chegam sem conhecimento da Libras) e o
aprimoramento da mesma (com uso de expressões faciais e corporais, gírias, variações linguísticas, tipos de discurso, dentre outros), fazendo com que estes enriqueçam seu
vocabulário e
aprendam novos gêneros textuais da língua de sinais.
Na
maioria dos atendimentos os assuntos trabalhados nas
oficinas
com as
famílias,
estão
interligados
com o assunto que também está sendo trabalhado/ensinado, em sala de
aula, com os alunos, para assim, pais e filhos conseguirem
estabelecer um diálogo sobre os atendimentos.
O
dia de atendimento da oficina de Libras das famílias retratado nas
fotografias abaixo, demonstra uma aula em que a professora estava
trabalhando com pais e
responsáveis as
narrativas em língua de sinais, com
enfoque maior para a contação de histórias da literatura infantil.
Visto que assim, em casa, pais e responsáveis podem contar
“historinhas” aos seus filhos interagindo
e proporcionando aprendizados aos mesmos.
É
válido citar que os participantes desta oficina em questão são
pais e
responsáveis de
alunos surdos que frequentam o AEE Libras da Educação Infantil, pro
isso, crianças, de 2 a 6 anos (numa turma mista).
E
assim novamente entramos em concordância com a fala de Santos Filhos
e
Oliveira (2010),
que nos apresenta que:
Ao
refletirmos sobre a família, observamos que a mesma, ao interagir
com os filhos, ajudará a formar a personalidade, determinando aí
suas características sociais. Muitos fenômenos sociais são
percebidos e examinados em função de características da família.
Nesse processo de troca, a família está inserida na construção de
um estado de maturidade que se dá por meio da convivência com os
filhos. As atitudes e comportamentos dos pais e demais membros
familiares, expressos por suas interações, têm um impacto decisivo
no desenvolvimento psicossocial de um filho.
Ou
seja, aos interagir com seus filhos, contando histórias por exemplo,
pais e responsáveis estão muito mais do que proporcionando um
momento de lazer e afeto aos seus, mas estão também formando este
indivíduo como sujeito, apresentando contextos sociais,
ensinando-os, aumentando seu vocabulário e os desenvolvendo de
maneira geral.
_______________________
Texto
de Vanessa Paula Rizzotto – tradutora e intérprete de Libras.
Atividade
realizada pela professora Dariane Régis.
REFERÊNCIAS
SANTOS
FILHOS, Genivaldo Oliveira; OLIVEIRA, Rozilda Ramos dos Santos. Os
DESAFIOS NA
COMUNICAÇÃO ENTRE OS SURDOS E A FAMÍLIA.
Disponível em:
<https://www.webartigos.com/artigos/os-desafios-na-comunicacao-entre-os-surdos-e-a-familia/31113>,
acesso em 21 de novembro de 2018.
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