A
IMPORTÂNCIA DO INCENTIVO A LEITURA
Como
é sabido por todos os professores, o aprendizado da leitura facilita
e proporciona vários aspectos do desenvolvimento dos educandos. E
assim também é com alunos surdos.
Dessa
forma o CAS, com o objetivo de incentivar a leitura (mesmo que
primária1)
e proporcionar momentos de interação com o material concreto os
professores fazem várias atividades com os nossos usuários na
biblioteca que existe no campus da FCEE.
Contudo
é fundamental que professores bilíngues tenham em mente o que nos
ressaltam Valentini e Bisol (2011):
A língua de sinais é a
língua natural para a pessoa surda, ou seja, a língua que abriga
seus pensamentos e sentimentos. A língua de sinais funciona como
suporte do pensamento, como meio de comunicação e é através dela
que o surdo pode pensar o mundo e aprender outras línguas. No
entanto, não é nessa língua que a pessoa surda escreve. É algo
como pensarmos em chinês, mas precisarmos ler e escrever em
português. Além disso, a língua de sinais é visual e espacial e a
língua portuguesa é auditiva e oral, o que determina que os canais
de recepção e de emissão são diferentes.
Porém este não deve de modo algum ser impedimento para o incentivo
a leitura do aluno surdo. E ao contrário deve ser um encorajamento
maior, visto a gama de informações que os surdo pode autonomamente
adquirir com a leitura.
Vale
lembrar ainda a informação que consta no Portal Educação, de que:
Como consequência, o
aprendizado da leitura e escrita para os surdos será diferente das
pessoas ouvintes. Sua leitura de mundo é feita através de
experiências visuais e concretizadas em sua língua natural. No
aprendizado da leitura e escrita é necessário ir do mundo para o
texto, dos conhecimentos concretizados na língua de sinais e que
deverão ser traduzidos para o português.
Em
momentos como os retratados nas fotos abaixo, professores do CAS vão
com seus alunos para a biblioteca e deixam os alunos escolherem o
material que mais lhes agrada para a leitura daquele momento.
Professores deixam os alunos com um tempo livre para manusear o livro
escolhido, posteriormente interagem com o aluno fazendo
questionamentos ou então traduzindo informações das quais os
mesmos não conseguiram entender sozinhos. Outro grande objetivo da
atividade extraclasse é incitar nos alunos o hábito de frequentar
ambientes culturais como é o caso de uma biblioteca.
REFERÊNCIAS
VALENTINI,
C. B. & BISOL, C. A. Surdez: O desafio da leitura e da
escrita. Objeto de Aprendizagem Incluir – UCS/FAPERGS, 2011.
Disponível em:
<http://www.grupoelri.com.br/Incluir/downloads/OA_SURDEZ_Escrita_Texto.pdf>.
Acessado em 16 de maio de 2018.
PORTAL Educação.
Processo de leitura e escrita da pessoa surda. Disponível em:
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/processo-de-leitura-e-escrita-da-pessoa-surda/41297>,
acesso em 15 de maio de 2018.
1- Neste
caso, a leitura primária é definida quando sujeitos surdos estão
em processo de alfabetização da língua portuguesa escrita, e
portante ainda não possuem uma leitura fluída e conexa. Contudo
reconhecem palavras presentes no texto e são auxiliados pelas
ilustrações que estão em alguns livros, facilitando o
entendimento visual.
Texto: Vanessa Paula Rizzotto - Intérprete de Libras
Atividade realizada pela professora: Marta de Melo Vanderlei Locks
Tradução do texto em LIBRAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário